4 coisas que aprendi com o Gustavo Pimenta, CEO da Vale, neste final de semana assistindo ao Liderança SA da GloboNews.
há 3 dias
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Por Fernando Coelho
Para quem não assistiu, corre no Globoplay, porque vale muito a pena... é uma mini aula de MBA sobre liderança e gestão de negócios para os novos tempos.
A primeira coisa que chamou a minha atenção na fala do Gustavo foi o nexialismo. Por já ter atuado em diferentes indústrias e vivido em diferentes locais, isso gerou nele uma forte agregação à sua carreira. Vejo muitos executivos fazendo uma carreira em “I” (na vertical) – mesmo setor, mesma área, mesmo local... querendo ou não, isso limita a visão para atuações que exijam mais pluralidade, como, por exemplo, liderar uma empresa como a Vale. Gustavo fez carreira em “NEXAL”.
O segundo ponto está totalmente ligado ao primeiro: sensibilidade cultural. O que mais digo nas minhas aulas de negócios é que nosso papel como dirigentes é pensar global e agir local. É preciso respeitar a cultura, as pessoas e os costumes de cada região. E como a Vale está presente em diversas localidades, um líder com visão multicultural consegue gerir melhor as relações com os diferentes stakeholders – desde colaboradores, passando por governos e parceiros institucionais.
O terceiro ponto que destaco no episódio do Liderança SA deste sábado foi em relação à liderança e escuta ativa. Líder tem que ouvir bastante. Os diretores e gestores da Vale conduzem um encontro de liderança 360, onde eles falam, escutam, dividem dores, estratégias e, a partir dali, surgem planos de ação e desenvolvimento. Isso é cultura de melhoria contínua na veia. No meu novo livro, falo sobre a teoria e o modelo de gestão do Octógono da Experiência do Cliente, em que trago, entre os 8 drives de gestão de uma empresa madura, a governança conduzindo a cultura; a própria cultura organizacional e a liderança ativa, inspiradora e desenvolvedora.
E o quarto ponto que destaco na fala do Gustavo foi sobre a criação de um ambiente emocionalmente seguro. Para ele, segurança psicológica está em criar um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis para falar. Aqui me chamou a atenção uma de suas falas: “Isso é fácil dizer, mas difícil de executar.” Por isso, é preciso ter desenvolvimento, acompanhamento e monitoramento constantes.
Parabéns, Gustavo, pela clareza, senioridade e coerência nessa entrevista!
Super recomendo a entrevista!
Fernando Coelho é Professor de Negócios e Diretor do Instituto Experiência do Cliente.
Palestrante e mentor, 7 livros publicados e Doutorando pela Universidade de Coimbra.