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A Linha Tênue do CX: Ouvir ou Agir?

há 3 horas

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Por Gabriel Ferreira - Instituto Experiência do Cliente



Na economia da experiência, a informação é o novo petróleo e, a análise de dados, as novas refinarias. As empresas líderes não apenas coletam dados, mas os utilizam para criar uma hiperpersonalização que atende às expectativas dos consumidores, gerando valor percebido e lealdade duradoura. De acordo com a Accenture, 83% dos consumidores estão dispostos a compartlhar seus dados para obter uma experiência personalizada.


O impacto financeiro dessa precisão é inegável: empresas líderes no uso de capacidades digitais e de IA na gestão de seus dados são 23 vezes mais propensas a conquistar novos clientes e 19 vezes mais propensas a serem lucrativas, segundo a McKinsey. Esse sucesso é impulsionado por um fator simples: a capacidade de transformar dados em ações que constroem confiança.


O Poder dos Dados Conectados


Uma CX de alta qualidade não é construída sobre adivinhação, mas sobre a certeza das informações. O uso eficaz de dados permite às organizações:


  1. Hiperpersonalização e Previsão: Ir além do básico (nome no e-mail). A IA e o analytics avançado permitem o uso de dados primários, como histórico de compras e comportamento de navegação, para fornecer soluções adaptadas e prever a próxima ação mais provável do cliente . Cerca de 91% dos consumidores são mais propensos a comprar com marcas que oferecem ofertas relevantes e recomendações, de acordo com a Accenture.


  2. Redução de Custos e Fricção: A análise de dados permite identificar os pontos de atrito na jornada. Ao antecipar problemas e automatizar respostas eficientes por meio da IA, as empresas conseguem reduzir o tempo de espera e o retrabalho, diminuindo custos operacionais.


  3. Defesa da Marca: A personalização gera laços emocionais e fidelidade, o que é fundamental para o sucesso a longo prazo. Um cliente que se sente compreendido tem mais probabilidade de se tornar um defensor (embaixador) da marca, impulsionando o crescimento orgânico e diminuindo o CAC (Custo por Aquisição).


O Desafio da Paralisia nas Empresas

Apesar dos benefícios, a abundância de informação tecnológica e o volume massivo de dados se tornaram, ironicamente, um novo ponto de falha na CX: o ruído.


  • Dados Desconectados: Muitas organizações operam com informações fragmentadas, onde os dados de vendas, suporte e logística não se "conversam". Essa falta de integração compromete a tomada de decisões e gera perdas financeiras silenciosas. Pesquisas da Gartner sugerem que 70% dos projetos de IA falham por dependerem de dados não integrados e de baixa qualidade.


  • Paralisia da Análise: Em vez de focar nos insights acionáveis, as equipes ficam presas na coleta e tabulação incessante de dados, perdendo a agilidade necessária para o mercado hipercompetitivo.


Ação: O Que Deve Ser Feito


A excelência em CX reside na disciplina de mover-se rapidamente do dado para a ação. Ter a informação é inútil se ela não se traduz em uma melhoria tangível na vida do cliente.


  1. Foco em Dados Primários e Qualidade: Priorizar a coleta de dados primários (fornecidos diretamente pelo cliente) e a qualidade da informação é mais importante do que a quantidade. É preciso garantir que o dado gerado seja seguro, preciso e relevante para o propósito da CX.

  2. Transformar Dados em Empatia: O objetivo final da tecnologia deve ser liberar o tempo das equipes para que possam se concentrar em interações complexas e emocionais. O dado informa o que o cliente fez; a equipe entrega o porquê do cuidado.

  3. Cultura da Ação Cíclica: A gestão deve promover uma cultura de escuta ativa—não apenas de coleta—e agir rapidamente sobre os feedbacks. O processo de utilizar dados e melhorar a experiência do cliente é cíclico: ouvir a demanda, implementar a melhoria e medir o impacto no LTV, garantindo que a empresa evolua constantemente.


Em resumo, o CX impulsionado por dados não é apenas uma vantagem, é o padrão de sobrevivência. Mas, para além disso, o sucesso reside na coragem de ignorar o ruído da informação excessiva e usar a clareza dos dados conectados para construir um relacionamento de confiança e ação com o cliente.



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